STARLINER DA BOEING RETORNA À TERRA SEM TRIPULAÇÃO APÓS MISSÃO DE TESTE DE TRÊS MESES

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A nave espacial Starliner da Boeing, destinada a missões tripuladas, regressou à Terra sem astronautas após uma missão de teste de três meses. A NASA optou por manter os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams fora da cápsula por questões de segurança, adiando o seu regresso para 2025. O voo de teste, que deveria ser o último antes da certificação da nave para missões regulares, foi marcado por falhas técnicas que levantaram dúvidas sobre o futuro do programa.

Missão Prolongada e Falhas Técnicas

Inicialmente, a missão da Starliner previa um voo de oito dias, mas devido a problemas nos propulsores, foi prolongada para oito meses. Cinco dos 28 propulsores falharam durante a aproximação à Estação Espacial Internacional (ISS), levando a NASA a decidir que o regresso da tripulação seria feito a bordo de uma cápsula da SpaceX em fevereiro de 2025. A nave espacial da Boeing, que deveria competir com a SpaceX, continua a enfrentar desafios que afetam o seu programa desde 2019.

Regresso Seguro, mas Certificação em Risco

Apesar dos problemas, a cápsula regressou em segurança, aterrando num deserto do Novo México. A nave reentrou na atmosfera a cerca de 27.400 km/h e usou paraquedas e airbags para um pouso suave. No entanto, a decisão de manter os astronautas fora da nave, devido ao risco associado aos propulsores, levanta dúvidas sobre a certificação da Starliner para missões tripuladas regulares.

Impacto Financeiro e Futuro da Boeing no Espaço

Os problemas técnicos têm sido uma constante para a Boeing, que enfrenta atrasos e custos adicionais no programa Starliner, acumulando um prejuízo superior a 1,6 mil milhões de dólares desde 2016. A concorrência da SpaceX, que oferece soluções mais económicas e eficientes, continua a desafiar a posição dominante da Boeing no setor espacial.
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